quinta-feira, 24 de março de 2011

SHIGEAKI HATTORI - THE CRASH MAN

Shigeaki Hattori – O japonês destruidor de carros que teve sua licença caçada pela CART.
Embora tenha feito trinta e três largadas na Fórmula Indy (sete vezes na CART e outras vinte e seus na IRL), o japonês Shigeaki Hattori quase sempre passava despercebido nas corridas (a não ser quando ele destruía carros, o que era freqüente), isso quando ele conseguia passar do sábado.
Shigeaki veio da Indy Lights de 1998 (onde conseguiu incríveis duas vitórias: Homestead e Saint Louis e batera em outras cinco), e iria estrear na CART na corrida inaugural de Miami, no oval de Homestead. Claro que o japonês trouxe muitos “ienes” da multinacional Epson para comprar a vaga na equipe Bettenhausen que era ocupado no ano anterior a sua entrada na categoria por Helio Castro Neves (a grafia do nome do brasileiro era assim na época).
No Spring Trainning realizado na mesma pista, o japonês estreou o carro e o muro na curva quatro, resultado? A equipe Bettenhausen se retirou mais cedo de Homestead e voltou para sua sede em Indianapolis para reparar o carro que ficou totalmente destruído. Semanas depois, quando seria disputado o Grande Premio de Homestead, a equipe e piloto voltaram ao Speedway, e nos treinos livres de sexta feira o japonês mais uma vez encheu o muro de lado na curva quatro mais uma vez, porém agora, foram registrandos incríveis 145 G de força contra a parede. A equipe não tinha peças e o piloto nenhuma condição de guiar o carro #16.
Nos testes de inverno, o japonês experimentou o muro de Homestead.
A segunda pancada em Miami foi uma das mais violentas da história do automobilismo.
Três semanas depois, em Motegi, no Japão, o japonês volta ao cockpit do seu Reynard – Mercedes – GoodYear e dessa vez não bateu, porém na volta 140 teve de se retirar da prova por problemas de embreagem. Mas finalmente ele conseguiu fazer uma corrida na CART.
Na terceira etapa do campeonato, em Long Beach, o japonês bateu seu carro contra os muros da mais charmosa corrida de rua ainda na sexta na reta oposta. Ainda assim classificou seu carro no sábado em vigésimo sexto lugar (penúltimo) e na corrida de domingo bateu contra a proteção de pneus na curva dois, na vigésima primeira volta.
Na quarta etapa em Nazareth, o fim de semana durou apenas onze minutos na sexta feira e o japonês espatifou-se contra a parede na curva dois.
Em Nazareth não chegou nem ao treino classificatório.
Um acordo entre Wally Dallenbach (comissário chefe das corridas) e Tony Bettenhausen (dono da equipe de Hattori), ficou decidido que o japonês não correria no GP Brasil Rio 200, a fim de testar mais vezes nos Estados Unidos para se familiarizar mais com o carro. Gualter Salles correu no Brasil, e chegou a uma volta do líder.
Em Saint Louis, no warmup da corrida que foi no sábado, o piloto bateu mais uma vez, porém de leve danificou seu carro e a equipe pode consertar. Na corrida, pela primeira vez ele terminou uma prova, sete voltas atrás de Michael Andretti, o vencedor.
No oval de Milwaukee, após largar na vigésima quarta colocação (melhor posição dele na CART), o japonês conseguiu bater contra o muro mais uma vez, completou a 118ª volta da corrida esfolando-se no muro da milha de Winsconsin.
Na etapa de Milwaukee voltou a bater.
Em Portland após rodar diversas vezes nos treinos, o japonês largou na última posição e na oitava volta já estava levando uma volta de todos os pilotos, quando o japonês decidiu se retirar da corrida. O dono da equipe ficou frustrado após verificado na telemetria que nada havia no caro. Diante disso em Cleveland e Road America, a equipe não correu.
No Canadá, em Toronto, o japonês voltou e aprontou todas, Rodou varias vezes na sexta e no sábado. Largou em vigésimo sexto e rodou duas vezes na prova até bater na volta cinqüenta e seis.
Na pista de Toronto o japonês teve enormes dificuldades.
Tony decidiu não participar da corrida devido a ser um evento perigoso para o seu piloto e os demais do grid. Em Detroit e Mid Ohio também não competiu. A volta do japonês ficaria por conta do oval de Chicago, e foi o se segundo fim de semana sem bater nenhuma vez no muro, mas mesmo assim ficou oito voltas atrás do vencedor da prova: Juan Pablo Montoya. Em Vancouver não correu visando testar e ganhar experiência para Laguna Seca.
Na prática esses GP’s ausentes não deram resultado, já que ele rodou nos três treinos da sexta feira (dois livres e um oficial). No sábado Wally Dallenbach tomou a medida mais drástica e caçou a licença do piloto japonês.
O sonho de correr na CART chegou ao fim em Laguna Seca ainda no sábado.
Em 1999, a Bettenhausen correria apenas mais uma vez, na Austrália, com Gualter Salles chegando em décimo lugar.
Mas se engana quem pensa que o japonês desistiu de correr na Indy. No ano 2000, Shigeaki foi para a IRL e outras vinte e seis largadas pelo demolidor de carros da CART foram feitas na IRL. Com mais experiência Shigeaki entrou na IRL pela equipe Treadway – Vertex Cunningham Racing, onde realizou seis provas e não bateu nenhuma vez em corrida. Continuou na mesma equipe no ano seguinte com o apoio da EPSON sempre, não conseguiu classificar seu carro para as 500 milhas de Indianápolis. Terminou a temporada na décima terceira posição conquistando em Nashville e Kentucky a sétima posição, sua melhor colocação. Não conseguiu largar em duas provas do ano, devido a colisões em treinos.
Na IRL teve mais habilidade, mas ainda sim relembrava os tempos da CART.
Em 2002 apenas seis etapas realizadas e um incrível sexto lugar no Texas (primeira das duas corridas que tinha no circuito na temporada) e classificou-se para Indianápolis terminando a prova em vigésimo, três voltas atrás do vencedor Hélio Castroneves. Em 2003 fez cinco provas pela A. J. Foyt e em Phoenix conseguiu a décima colocação.
No ano de 2005 Shigeaki foi para a Nascar na divisão Craftsman Truck Series.
fonte blog da indy


                        BIG BEAR                         

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