O duelo do ronco dos motores e fumaça dos pneus ainda é o padrão das perseguições de carros no cinema, e o Ford Mustang 1968 era o centro da ação. O fastback verde escuro de Steve McQueen, discretamente preparado para se encaixar na sua personificação de "cool", faz parte do folclore automobilístico e é o centro do mito do Mustang.
O filme era Bullitt, lançado pela Warner Brothers/Seven Arts em 17 de outubro de 1968. Tem 113 minutos de duração, foi dirigido por Peter Yates, com roteiro de Alan Trustman e Harry Kleiner. A perseguição de carros foi criada por Carey Loftin. Steve McQueen, Robert Vaughn, Jacqueline Bisset e Don Gordon estrelavam o filme. Leia a história do filme: Frank Bullitt, tenente da polícia de São Francisco, perdeu uma testemunha do governo para um assassino profissional e está totalmente determinado a pegar os mandantes do assassinato. A oportunidade para sua redenção profissional aparece quando ele observa o Dodge Charger R/T 440 1968 dos bandidos preso no trânsito lento de São Francisco.
Por três minutos e meio, o Ford Mustang GT 390 fastback 1968 verde escuro de Bullitt fica colado atrás do enorme Dodge. Parado em um semáforo, o motorista do Charger aperta o cinto de segurança com uma intenção calculada. O semáforo abre, o motorista pisa no acelerador do Dodge e dois famosos muscle cars norte-americanos mostram do que são capazes. Começa a perseguição de sete minutos gloriosos.
Dois Mustangs idênticos e dois Chargers semelhantes foram usados na seqüência de perseguição de "Bullitt". Para que o Mustang de quatro marchas pudesse correr mais facilmente com o 440 Magnum Charger de quatro marchas, que era mais potente, o engenheiro de Hollywood, Max Balchowsky, instalou comando de válvulas de corrida nos dois Fords, alterou os cabeçotes e modificou a ignição e o sistema de carburação. Além disso, Balchowsky reforçou a suspensão dos quatro carros para obter mais resistência, controle e capacidade de manobra. Um Mustang e um Charger foram equipados com uma gaiola de segurança (santo antônio) completa.
A perseguição foi filmada em velocidade normal, sem partes editadas para impressionar os espectadores. A idéia era impressionar pelo realismo.
A perseguição mudou o tom dos filmes policiais e elevou o padrão para os roteiristas e diretores, que se sentiram obrigados a superá-la. Algumas pérolas apareceram depois, particularmente em Operação França e O Esquadrão Implacável (ambos de Bill Hickman). Mesmo que a perseguição de Bullitt tenha deixado de ser a mais trabalhada da história, certamente ainda é a melhor.
O filme era Bullitt, lançado pela Warner Brothers/Seven Arts em 17 de outubro de 1968. Tem 113 minutos de duração, foi dirigido por Peter Yates, com roteiro de Alan Trustman e Harry Kleiner. A perseguição de carros foi criada por Carey Loftin. Steve McQueen, Robert Vaughn, Jacqueline Bisset e Don Gordon estrelavam o filme. Leia a história do filme: Frank Bullitt, tenente da polícia de São Francisco, perdeu uma testemunha do governo para um assassino profissional e está totalmente determinado a pegar os mandantes do assassinato. A oportunidade para sua redenção profissional aparece quando ele observa o Dodge Charger R/T 440 1968 dos bandidos preso no trânsito lento de São Francisco.
Dois Mustangs idênticos e dois Chargers semelhantes foram usados na seqüência de perseguição de "Bullitt". Para que o Mustang de quatro marchas pudesse correr mais facilmente com o 440 Magnum Charger de quatro marchas, que era mais potente, o engenheiro de Hollywood, Max Balchowsky, instalou comando de válvulas de corrida nos dois Fords, alterou os cabeçotes e modificou a ignição e o sistema de carburação. Além disso, Balchowsky reforçou a suspensão dos quatro carros para obter mais resistência, controle e capacidade de manobra. Um Mustang e um Charger foram equipados com uma gaiola de segurança (santo antônio) completa.
A perseguição foi filmada em velocidade normal, sem partes editadas para impressionar os espectadores. A idéia era impressionar pelo realismo.
Bullitt mostra o lendário McQueen no auge da sua popularidade e o coloca em um ambiente que ele ama em sua vida pessoal: corrida de automóveis. Ele possuía muitos carros velozes e tinha carinho especial pelo seu Jaguar XKSS, pouco apropriado para se dirigir na rua, mas que ele adorava pilotar a altas velocidades pela Sunset e Serpentine Mullholland Drive nas proximidades de Los Angeles. Ele participava de eventos do Sports Car Club of America e era também um motociclista entusiasta.
McQueen insistiu em dirigir o Mustang durante a perseguição minuciosamente coreografada, mas depois de não conseguir fazer uma curva por terem-se travado as rodas, passou o desafio para o piloto profissional Bud Ekins, que dirigiu o Mustang nas bruscas manobras pelas famosas ladeiras de São Francisco. O ator/piloto dublê Bill Hickman pilotou o Charger.
Carey Loftin, experiente coordenador de cenas com dublês, criou a perseguição, desenhando um percurso por uma série de avenidas e marcos da cidade: Clay Street e Taylor Street, York Street, Potrero Hill, Kansas Street, Russian Hill e a bucólica Guadalupe Canyon Parkway. Antigos moradores de São Francisco vão perceber que a perseguição não é linear, por exemplo, os carros dão saltos pela cidade de uma tomada para outra livremente. Bem, vamos creditar isso à licença poética.
O som emitido pelo Mustang indica uso freqüente de dupla embreagem, coisa que não seria necessária com a transmissão de um Ford 68. McQueen confirmou que o ruído do motor e da transmissão do carro eram dubladas a partir de um Ford GT40 dirigido velozmente.
O maior elogio que alguém pode fazer a Loftin e ao diretor Peter Yates é que a perseguição parece real. Sem acrobacias, sem truques impossíveis. Só velocidade alucinante, exaltada pela cinematografia apurada (William Fraker) e a edição vencedora do Oscar (Frank Keller), além de múltiplos pontos de vista: visão do motorista, visão do chão, visão aérea, visão sobre os ombros, closes em McQueen e Hickman e montagens que nos levam a centímetros atrás dos pára-choques traseiros dos carros. Pat Houstis dirigiu o carro-câmera, que foi construído sobre um chassis de Corvette.
Do ponto de vista dramático, a perseguição funciona por vários motivos, um deles o silêncio: nem Bullitt nem os assassinos falam uma única sílaba, nem quando o Mustang de Bullitt fica momentaneamente bloqueado pelo trânsito, nem quando o Charger quase se arrebenta em uma defensa metálica, nem quando um dos assassinos (Paul Genge) recarrega a sua Winchester e coloca o cano para fora da janela lateral traseira, nem mesmo quando o pára-brisa de Bullitt é atingido por uma rajada de balas.
Em vez disso, a trilha sonora vibra com o "barítono" arranhado do Charger e omurmúrio tipo vespa do Mustang, o chiado dos pneus usados abusivamente, as pancadas secas dos carros à medida que as suspensões chegavam ao batente nas ladeiras da cidade e os estampidos ásperos da Winchester. A concentração muda dos participantes parece sublinhar o profissionalismo frio de Bullitt e dos homens que ele persegue. Perseguições e saltos mortais, como rachar lenha e malhar ferro, são ocupações masculinas melhor desempenhadas em silêncio.
A seqüência fez maravilhas pelo mito do Mustang, é claro, e não fez mal nenhum ao Charger. A Ford ofereceu uma edição limitada de aniversário do Mustang "Bullitt" no ano-modelo 2001. McQueen insistiu em dirigir o Mustang durante a perseguição minuciosamente coreografada, mas depois de não conseguir fazer uma curva por terem-se travado as rodas, passou o desafio para o piloto profissional Bud Ekins, que dirigiu o Mustang nas bruscas manobras pelas famosas ladeiras de São Francisco. O ator/piloto dublê Bill Hickman pilotou o Charger.
Carey Loftin, experiente coordenador de cenas com dublês, criou a perseguição, desenhando um percurso por uma série de avenidas e marcos da cidade: Clay Street e Taylor Street, York Street, Potrero Hill, Kansas Street, Russian Hill e a bucólica Guadalupe Canyon Parkway. Antigos moradores de São Francisco vão perceber que a perseguição não é linear, por exemplo, os carros dão saltos pela cidade de uma tomada para outra livremente. Bem, vamos creditar isso à licença poética.
O som emitido pelo Mustang indica uso freqüente de dupla embreagem, coisa que não seria necessária com a transmissão de um Ford 68. McQueen confirmou que o ruído do motor e da transmissão do carro eram dubladas a partir de um Ford GT40 dirigido velozmente.
O maior elogio que alguém pode fazer a Loftin e ao diretor Peter Yates é que a perseguição parece real. Sem acrobacias, sem truques impossíveis. Só velocidade alucinante, exaltada pela cinematografia apurada (William Fraker) e a edição vencedora do Oscar (Frank Keller), além de múltiplos pontos de vista: visão do motorista, visão do chão, visão aérea, visão sobre os ombros, closes em McQueen e Hickman e montagens que nos levam a centímetros atrás dos pára-choques traseiros dos carros. Pat Houstis dirigiu o carro-câmera, que foi construído sobre um chassis de Corvette.
Do ponto de vista dramático, a perseguição funciona por vários motivos, um deles o silêncio: nem Bullitt nem os assassinos falam uma única sílaba, nem quando o Mustang de Bullitt fica momentaneamente bloqueado pelo trânsito, nem quando o Charger quase se arrebenta em uma defensa metálica, nem quando um dos assassinos (Paul Genge) recarrega a sua Winchester e coloca o cano para fora da janela lateral traseira, nem mesmo quando o pára-brisa de Bullitt é atingido por uma rajada de balas.
Em vez disso, a trilha sonora vibra com o "barítono" arranhado do Charger e omurmúrio tipo vespa do Mustang, o chiado dos pneus usados abusivamente, as pancadas secas dos carros à medida que as suspensões chegavam ao batente nas ladeiras da cidade e os estampidos ásperos da Winchester. A concentração muda dos participantes parece sublinhar o profissionalismo frio de Bullitt e dos homens que ele persegue. Perseguições e saltos mortais, como rachar lenha e malhar ferro, são ocupações masculinas melhor desempenhadas em silêncio.
A perseguição mudou o tom dos filmes policiais e elevou o padrão para os roteiristas e diretores, que se sentiram obrigados a superá-la. Algumas pérolas apareceram depois, particularmente em Operação França e O Esquadrão Implacável (ambos de Bill Hickman). Mesmo que a perseguição de Bullitt tenha deixado de ser a mais trabalhada da história, certamente ainda é a melhor.
__________BIG BEAR__________
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