domingo, 10 de abril de 2011

HISTÓRIA DO CARRO BRASILEIRO


 

 
 

A REVOLUÇÃO DA FIAT

 
O ano de 1977 caracterizou-se pela introdução do Fiat no mercado brasileiro. Numa época em que a principal característica desejável num automóvel era a economia de combustível (visto as freqüentes crises do petróleo), o Fiat chegou com a promessa de 14 ou mais quilômetros por litro. E impressionou vivamente seus adversários. Estes procuraram fazer carros mais econômicos – e o conseguiram – premidos pela concorrência do Fiat. Resultado: o consumidor brasileiro passou a contar, qualquer que fosse o carro escolhido, com um consumo antes considerado impossível.
 
E o Fiat trouxe, também, uma série de inovações tecnológicas, que por certo apressaram o lançamento de novos carros.
 
A VW havia lançado o Passat TS, em 1976, com motor de  1600cm3, que era, também, um dos veículos mais atualizados. Assim o relançamento do Corcel II, totalmente remodelado, não foi uma surpresa. Este carro, surgido em 1968, ganhou, dez anos depois, características tais que pode ser considerado um novo carro. A Alfa Romeo veio fazendo modificações em seu produto básico, o 2300, lançado em 1974, de modo que apresentou o 2300 B e o 2300 TI, em 1977. As modificações inúmeras, foram feitas em boa hora, tornando o carro mais sofisticado, veloz, macio e econômico. Inclusive resolvendo o angustiante problema da direção pesada, do modelo 2300.
 
A maior surpresa, talvez, tenha sido o lançamento de um híbrido, pela VW: a Variant II. Sua parte dianteira lembra um Passat (suspensão independente McPherson) e a traseira, uma Brasília (motor VW 1600).
 
 

O CAMINHÃO BRASILEIRO

 
Os veículos de carga nacionais têm uma longa história, que começou com os Ford e Chevrolet montados aqui, passando pelo primeiro caminhão fabricado no Brasil em 1951, o FNM. Este, na verdade, era um caminhão horrível, com as partes de lataria completamente onduladas, quase feitas a mão. Mas com uma mecânica Alfa Romeo das boas.
 
Mais tarde, a Alfa Romeo se impôs no mercado já em Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro. Seus veículos, embora não muito adaptados às condições brasileiras, foram durante um bom período o sustencáculo dos transportes de cargas e passageiros, em muitos lugares distantes do Brasil. O Caminhão Fenemê ficou famoso.
 
A Mercedes Benz, empresa mundialmente conhecida na área de veículos de carga e passageiros, graças aos esforços de Alfred Jurizdcowsky, instalou-se também no Brasil. Seus primeiros caminhões datam de 1957, com grande percentual importado. Mas, aos poucos, esse caminhão foi se impondo, mercê de inegáveis qualidades e – principalmente – devido ao alto padrão de assistência técnica de que sempre desfrutou.
 
Novos modelos foram surgindo, inclusive o primeiro ônibus do tipo construção integrada com chassi, denominada monobloco. A atuação da Mercedes popularizou o  motor diesel, no transporte pesado, em grande escala.
 
A Mercedes, que já produzia uma extensa linha de caminhões para os mais variados fins, lança uma curiosidade: o motor de 5 cilindros. Além disso, entrou no terreno dos caminhões leves, com o D-608, dos ônibus de longo percurso, com o O-355 turbinado.
 
Outra empresa que introduziu novidades no panorama brasileiro dos transportes foi a Scania, com seus caminhões pesadíssimos e chassi para ônibus com suspensão pneumática.
 
Instalou-se no Brasil a Detroit Diesel, pertencente ao grupo GM. Seus motores, GM Diesel, são de dois tempos e famosos no mundo inteiro. Na época, todos os demais caminhões fabricados no Brasil podiam ser equipados com motores diesel, produzidos não só pela Detroit, como pela MWM e por outras fábricas do setor. A “dieselização” veio atender às necessidades de baixar o custo operacional do transporte de carga no país.
 
 

O CARRO ESPORTE NO BRASIL

 
O brasileiro ama a natureza? Gosta de carro esportivo? Teoricamente, sim. Praticamente, não. Todas as tentativas de se fabricarem realmente esportivos fracassaram ou se arrastaram penosamente.
 
Quem realmente gosta de um automóvel esporte tem um tipo de vida bem diferente. Além disso, um carro esporte pode não alcançar o valor de revenda de um VW, nem oferecer o conforto de um Galaxie.
 
Assim, durante muitos anos o Puma foi recusado pelo público. Motivos: entrava água (desconforto) e era difícil de revender. A partir de uma certa data, porém, como ele usava mecânica VW, perceberam que ele não dava problemas. Então, o valor de revenda começou a subir e, hoje, é alto. Pronto: agora todos querem um Puma.
 
O SP2 da VW foi uma tentativa de industrializar um carro esporte (a Puma trabalhava em bases artesanais). Fracassou, talvez porque a VW não tenha, como a Puma, procurado valorizar o SP2 usado.
 
A Karmann Ghia fabricou durante um certo tempo e depois parou. A Lorena faliu. Muitas tentativas de pequenas fábricas goraram. Alguns modelos artesanais que utilizavam mecânica VW ficaram no mercado por um tempo (Bianco, Adamo). Hoje praticamente não temos um fabricante de esportivo nacional. Alguns fabricantes de réplicas ainda persistem.
 
 
CARROS NACIONAIS:
1956 - Romi-Isetta
1956 - Perua DKW-Vemag
1957 - Kombi - Volkswagen
1957 - Ford F-100 - Ford
1957 - Jeep Willys
1958 - Chevrolet Brasil 3100 - Chevrolet
1958 - Rural Willys
1959 - Fusca - Volkswagen
1959 - Simca Chambord
1960 - Aero Willys
1960 - FNM 2000 JK
1961 - Willys Interlagos
1962 - Karmann Ghia - Volkswagen
1962 - Renault-Willys Gordini
1964 - Chevrolet Veraneio – Chevrolet Pick Up
1964 - GT Malzoni - Lumimari/Puma
1965 - Brasinca GT 4200 Uirapuru
1966 - Puma GT - Puma
1966 - Willys Itamaraty
1967 - Galaxie - Ford
1968 - Corcel - Ford
1968 - Opala - Chevrolet
1969 - VW 1600, Variant, TL - Volkswagen
1969 - Dodge Dart
1969 - Puma GT4R - Puma
1970 - Belina - Ford
1970 - Puma GTE - Puma
1971 - Puma GTS - Puma
1971 - Dodge Charger
1972 - SP1 - SP2 - Volkswagen
1973 - Chevette - Chevrolet
1973 - Maverick (automóvel) - Ford
1974 - Brasília - Volkswagen
1974 - Passat - Volkswagen
1975 - Chevrolet Caravan - Chevrolet
1976 - 147 L - Fiat
1977 - 147 Pick-up - Fiat
1977 - Miúra
1978 - 147 Rallye - Fiat
1979 - Chrysler-Dodge Magnum e Le Baron
1979 - 147 Álcool - Fiat
 










































































































































     BIG BEAR    







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