quarta-feira, 30 de março de 2011

FORD MUSTANG 1981

As mudanças do Ford Mustang 1981 foram modestas. O acabamento interno foi reposicionado e ligeiramente atualizado. Um teto opcional com barra em "T" e painéis de vidro idênticos removíveis foram retomados em ambos os estilos da carroceria por substanciais US$ 874. O motor com quatro cilindros, equipado com "turbo-charger" e potência de 131 cavalos foi restringido à transmissão manual e, depois, descontinuado gradativamente, em grande parte devido a problemas persistentes de dirigibilidade e na confiabilidade. O pacote Cobra foi praticamente uma reprise, exceto pelo preço alto de US$ 1588.
Ford Mustang Cobra 1981
O pacote Cobra para o Mustang 1981 era quase idêntico ao
pacote do ano anterior, mas com um preço mais alto
Em 1981, as principais notícias sobre o Mustang envolviam a total disponibilidade de uma transmissão manual opcional de cinco velocidades com sobremarcha para os modelos de quatro cilindros, um item que havia sido descontinuado na temporada anterior. Os engenheiros, de maneira perceptível, especificaram uma relação de marcha final de 3.45:1 "mais curta" em comparação à relação de 3.08:1 da transmissão de quatro velocidades para gerar uma mudança mais suave. A quinta sobremarcha foi definida em 0.82:1 para uma obter um condução mais econômica nas estradas em velocidade de cruzeiro.

Era exatamente o que o Mustang básico precisava, ou quase. Conforme observou a "Consumer Guide"­ na época: "Nossas maiores objeções à transmissão de cinco velocidades são seus acoplamentos robustos, porém instáveis, e o padrão de troca de marchas. Assim como na transmissão de quatro velocidades, as quatro primeiras marchas estão dispostas no padrão habitual H. Mas a quinta marcha está localizada, de forma desastrosa, na parte inferior do entalhe à direita e oposto à quarta marcha, em vez de estar acima e à direita. Por que a Ford projetou desse modo é um mistério, mas o uso da quinta marcha é um trabalho complexo. Acredita-se que os engenheiros queriam impedir que motoristas inexperientes engatassem acidentalmente a sobremarcha e forçassem o motor sem necessidade, bem como evitar uma confusão com a terceira marcha, usada com freqüência. Se for esse o caso, eles conseguiram de maneira admirável".

Na época, um engenheiro especializado em transmissões reparou que a Ford achava que a maioria dos motoristas queria passar da quinta para a terceira marcha, ignorando a quarta. Um motivo mais lógico era que posicionar a quinta marcha acima das demais acarretaria em um deslocamento muito longo do braço. A explicação "oficial" foi que a trocas de marchas em formato de "U" enfatizavam melhor as vantagens econômicas da quinta marcha de curso longo. Seja qual for a razão, ela não funcionou.
Anúncio do Ford Mustang 1981 com teto usando um barra em 'T'
Um teto com barra em "T" opcional com painéis removíveis duplos havia sido oferecido nos Mustangs II recentes, mas a "Nova Geração" foi produzida sem essa opção até 1981
Contudo, de forma geral, a "Nova Geração" funcionava magnificamente: era um novo Mustang, perfeito para sua época. Mas a virada dos anos 80 foi outro momento infeliz para os amantes de carros e o futuro não prometia ser melhor, como todos podiam ver.

Foi nessa atmosfera circunspecta que a Motor Trend escolheu o Mustang para inaugurar uma série de comparações nostálgicas chamada "Novo x Antigo" na edição de novembro de 1980. Depois de dirigir um modesto modelo notchback com motor V-8 em comparação a um cupê clássico com espeficações semelhantes, o redator Tony Swan concluiu em uma nota saudosista: "O modelo 1966 do Mustang é um desses imortais automotivos que mereceu um segmento especial. É um carro de características distintas, produzido em uma comunidade de fabricantes livre das regulamentações conflitantes que são freqüentes hoje".

"O Mustang 1980, continuou Swan, "também é um carro de características diferenciadas, um acabamento mais notável em vista dessas regulamentações. Ele é contemporâneo em todos os sentidos e, talvez, sofra com isso quando comparado ao seu antecessor. Em uma era de exageros, não era muito difícil que algo tão diferente quanto o Mustang original se destacasse da multidão. Mas na época das Grandes Contenções, era muito mais complicado para um designer realizar algo que fosse realmente impressionante. Dessa forma, estamos comparando não só dois carros, mas duas eras. Em uma comparação direta sobre cada tópico, cada competidor marca pontos. Mas na perspectiva do mundo atual, o Mustang 1966 é um anacronismo: um item de colecionador. É claro que eles não são construídos como costumavam ser. Mesmo se as montadoras o quisessem, há um problema: elas não têm permissão".

Talvez não, mas isso não determinou a construção dos modelos de maneira melhor, que é exatamente o que aconteceria. Mais imediatamente, o carro de alta performance estava prestes a fazer um retorno surpreendente a Detroit. Não foi surpresa que o Mustang largasse na frente




*                BIG BEAR                 *



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