quarta-feira, 30 de março de 2011

MUSCLE CAR - PONTIAC FIREBIRD TRANS AM 1970

Firebird e Camaro se desenvolveram mais na linha européia na segunda geração de seus projetos, mas os deflectores e as tomadas do Pontiac Firebird Trans Am 1970 eram típicos dos muscle cars americanos, sem ostentar modéstia.
 
Com a introdução da segunda geração do Firebird, o Pontiac Trans Am 1970 despontou como um boxeador agressivo e sem luvas. Tomadas de ar funcionais, abundantes saídas de ar na carroceira, suspensões super-resistentes, resposta rápida da direção, conferiram-lhe comportamento sedento de curvas em alta velocidade.
O motor normal do Pontiac Trans Am 1970, com 350 cv, V8 de 400 polegadas cúbicas (6,5 litros) e admissão dinâmica de ar, garantia 14 segundos baixos nas pistas de arrancadas de 400 m. Isso aparentemente satisfazia a maioria dos compradores, pois apenas 88 dos 3.196 Pontiacs Trans Am montados traziam a admissão dinâmica de ar opcional Ram Air IV. Ela acrescentava dutos maiores, melhores cabeçotes, válvulas de turbulência polidas e um coletor de alumínio para o motor de 375 cv, 25 a mais do que no modelo de 1969. Ainda mais rara era a admissão dinâmica de ar Ram Air V, peça vendida no balcão sob pedido especial e que, entre seus truques, tinha tuchos de válvula sólidos e dutos de admissão em seção de túnel rendendo até 506 cv.
Esses motores respiravam através de uma nova tomada de ar voltada para a traseira diretamente ligada ao motor e projetada para captar ar frio em temperatura ambiente que fluía sobre o capô. O câmbio manual de série tinha quatro marchas e uma alavanca de mudança Hurst; a caixa automática Turbo-Hydra-matic era opcional. Ambas vinham com relação de diferencial 3,55:1 e para o câmbio manual era disponível a relação 3,73:1.
O comportamento na estrada do Pontiac Trans Am 1970 recebeu bastante atenção. O volante espumado Fórmula comandava uma rápida caixa de direção de relação 12,1:1 com assistência hidráulica variável. Molas mais duras e barras estabilizadoras mais grossas combinavam com pneus Polyglass F60X15 montados em rodas Kelsey Hayes Rally 2. Freios assistidos com discos de 277 mm de diâmetro na dianteira e tambores de 241 mm de diâmetro na traseira se encarregavam da freagem.

O volante espumado Fórmula comandava a caixa de direção assistida hidráulica de relação 12,1:1. O interior tinha uma autêntica aparência esportiva.
O Pontiac Trans Am 1970 tinha o mesmo nariz absorvedor de impacto dos outros Firebirds, mas a Pontiac dizia que o exclusivo deflector de ar dianteiro e os extratores de ar dos pára-lamas criavam uma força vertical descendente de 22,7 kgf em velocidades de auto-estrada. Alegava ter aquela mesma força na traseira por causa do grande deflector na tampa do porta-malas e dos pequenos deflectores na frente das rodas traseiras. No interior, a instrumentação completa era de série e incluía um conta-giros virado para que a linha vermelha ficasse na posição 12 horas, como num verdadeiro carro de corrida.
A crítica especializada ficou impressionada. Mesmo com 57% de peso nas rodas dianteiras, a revista "Sport Car Graphic" disse: "nunca havíamos dirigido um carro com a manobrabilidade geral – para um carro de produção em série – tão próxima da de um carro de corrida de motor dianteiro". E a revista "Car and Driver" completava chamando o Pontiac Trans Am 1970 de "carro ágil e musculoso como um comando, provavelmente sem igual em qualquer outra parte do mundo, mesmo pelo dobro do preço".
Pontiac
Firebird Trans Am 1970
Especificações
Distância entre eixos: 2.473 mm
Peso: 1.724 kg
Número de unidades produzidas: 3.198
Preço básico: US$ 4.305

Melhor motor disponível
Tipo: OHV V8
Cilindrada: 6.554 cm³
Alimentação: 1 carburador quádruplo
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência (cv) a rpm: 375 a 5.500
Torque (m.kgf) a rpm: 61,6 a 3.900

Desempenho típico

0-96 km/h: 5,6 s
400m, s a km/h: 22,2 a 163,2



               BIG BEAR              



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