A Fórmula 5000 surgiu nos Estados Unidos com o nome Fórmula A na segunda metade da década de 1960. Não era dissidência nem pretendia rivalizar com a F 1, mas apenas ser uma categoria de monopostos mais barata que esta última. Os motores eram de 5.000 cm³, necessariamente derivados de blocos de motores de produção normal. Os F 5000 tinham dimensões muito parecidas com os F 1, mas pesavam mais e eram ligeiramente menos potentes. Ainda no final dos anos 60, foi criado o campeonato europeu, que na verdade tinha umas 9 corridas disputadas na Inglaterra e no máximo três ou quatro em outros países. Na Europa, a F 5000 durou até 1976. Nos EUA e na Oceania, um ano ou dois mais.

3) A F 5000 era aberta a qualquer piloto, não importando se fosse vitorioso na F 1 (caso de Gethin, vencedor do GP da Itália de 1971), um jovem promissor ou um milionário cuja experiência anterior se limitasse a três corridas de Fórmula Vê. Esta foi uma das razões pelas quais não despertava grande interesse dos pilotos já estabelecidos na F 1, que escolhiam a F 2 ou o Mundial de Marcas para complementar sua renda. Mas muitos bons pilotos de F 1 passaram pela F 5000, como o próprio Gethin, Jody Scheckter (campeão norte-americano em 1973), Jackie Oliver e outros.
4) Surtees, Lola e Chevron foram os fabricantes mais assíduos na F 5000, mas marcas como Lotus, McLaren, Eagle
e Shadow também fizeram chassis de F 5000. Quanto aos motores, eram Chevrolet em 90% dos casos.

5) A categoria era reconhecida pelas autoridades esportivas. Um esclarecimento: a FISA, braço esportivo da FIA, surgiu em 1979 e foi extinta no começo dos anos 90. Antes disso, a homologação dos campeonatos era feita pela CSI (Comissão Esportiva Internacional), também braço esportivo da FIA.
Por último: a participação de brasileiros na F 5000 foi muito restrita. Antônio Carlos Avallone correu na categoria em 1969 e 1970, e Ingo Hoffmann fez uma ou duas corridas em 1975. Emerson Fittipaldi testou um carro em 1971, apenas para matar a curiosidade.

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